A busca por uma vida mais saudável, aliada a um aumento na expectativa de vida fez com que pesquisadores pudessem direcionar o seu olhar para os microorganismos e uma alimentação funcional. Segundo Sanders “alimentos funcionais são aqueles que, além de fornecerem a nutrição básica, promovem a saúde” .(Sanders,1998) Essa combinação torna-se então um novo aliado para que o organismo se torne mais resistente ao embate de algumas doenças.
De uma maneira mais específica, pode-se exemplificar a microbiota, que para se manter em equilíbrio é necessário a ação de microorganismos que atuem tanto no combate quanto na manutenção de hospedeiros. A relação antípoda de alimentos a base de microorganismos vivos é o que regula a funcionalidade e traz ações benéficas ao organismo.
Algumas definições sobre Probióticos, Prebióticos e Simbióticos foram publicadas, mas atualmente a que melhor define foi a estabelecida pela Organização das Nações Unidas sobre alimentos e agricultura que classifica os probióticos como microorganismos vivos, que administrados em quantidade adequada, contribui beneficamente a saúde do hospedeiro. Os prebióticos considerados como alimentos não digeríveis atuam afetando beneficamente o hospedeiro, por agir estimulando de forma seletiva a proliferação ou atividade de populações de bactérias desejáveis ao cólon. Eles também podem, de uma maneira adicional inibir a multiplicação de patógenos. O resultado do equilíbrio entre probiótico e prebiótico é a ação simbiótica que nada mais é que o balanceamento entre os dois microorganismos.
Quando se usa o termo “administrado” de maneira adequada, estamos querendo dizer que os probióticos quando ingeridos, atuam com efeitos benéficos a saúde humana, aumentando os valores nutrientes dos alimentos, fortalece o sistema imunológico produzindo mais células protetoras. As mais conhecidas baterias que exercem essa função são as Bifidobacterium e Lactobacillus. Os prebióticos são alguns tipos de fibras alimentares não digeríveis pelo nosso corpo que auxiliam na configuração molecular que os deixam mais resistentes a ação enzimática. As principais funções são: manutenção da flora intestinal, estímulo na motilidade intestinal e previne a diarréia e a constipação intestinal. Exemplos de prebióticos são os frutoologosacarídeos(FOS) presente em alimentos de origem vegetal(alho, cebola, tomate, banana, entre outros) e a inulina que é um polímero(compostos químicos de elevada massa molecular, resultado de reações químicas de polimerização) de glicose extraído principalmente da raiz da chicória, mas que também está presente no alho e cebola.
Também tem se alertado para o excesso nas doses desses microorganismos. O consumo de quantidades excessivas de prebióticos pode resultar em diarréia, flatulência, cólicas, inchaço e distensão abdominal, que será reversível com a interrupção da ingestão.
De fato o que temos é o importante papel dos microorganismo na melhoria de uma vida mais saudável através do consumo de alimentos funcionais, ainda mais em se tratando de um tempo histórico onde tudo é muito rápido e instantâneo, onde a hora do almoço se divide com o celular e o iPad e o nosso organismo trabalha de maneira acelerada para acompanhar o ritmo imposto pela sociedade moderna.
É isso ai! Vamos conversando.
Referência:
SAAD, S.M.I Probióticos e Prebióticos: o estado da arte, 2006
SANDERS, M.E. Probióticos: Considerações para saúde humana, 1998
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